Nossos produtos regionais.

Bar da Dona Onca
Chef Janaina Rueda
Arroz Frutos do Mar

É estranho como em um país de população tão misturada e variada, especialmente nas grandes cidades, se dificulta tanto o trânsito e consumo de produtos alimentícios típicos das diversas regiões.
Hoje dependemos da boa vontade dos amigos quando queremos aquele doce de buriti do Piauí ou aquela goiabada de Minas, por exemplo.
Estamos, infelizmente, nas mãos da indústria de alimentos. Para um tomate de Goiás, a opção é o molho industrializado, assim como para o Melão nordestino só se for o “legítimo da redinha” de uma enorme empresa agrícola.
A comida amazônica, por exemplo, não viaja para as grandes capitais. Como encontrar tucupi ou jambu em São Paulo? Na feira perto da minha casa não tem, nem no sofisticado supermercado.
Isto não quer dizer que estes produtos não estão disponíveis por baixo dos panos.
É uma pena a gente ter que virar a cidade atrás de feiras e lugares longínquos para encontrar estes produtos.
Todos nós, especialmente os profissionais da cozinha, precisam lutar para mudar este quadro. A legislação precisa mudar e os órgão estaduais trabalham como se tivessem protegendo uma reserva de mercado, não a saúde da população.
O que aconteceu este fim de semana com uma reconhecida chef que teve seus queijos e salumeria apreendidos em um grande festival musical no Rio de Janeiro mostra bem esta situação.
Depois da apreensão ela saiu esperneando nas redes sociais indignada com a truculência dos fiscais que lhe apreenderam os produtos só por que não tinha o carimbo do SIF.
Tudo bem que os produtos eram bons, de boa procedência, etc e tal.
O danado é que graças a estas leis estúpidas que temos e ao excesso de zelo de nossos legisladores estes produtos eram de venda proibida no estado do Rio.
Essa indignação toda procede quando se anda fora das regras?
Vamos pensar em pressionar os nossos deputados para que eles transformem as leis. Pressão funciona como vimos há poucos dias no caso da reserva florestal na Amazônia.
Chega de chororô vamos para a pressão sobre quem deveria trabalhar para nós!