Surfando na onda dos ingredientes exóticos

feira-s-joaquim-183É curioso notar que quando vamos a um restaurante japonês ou coreano os ingredientes daquelas cozinhas já são nossos velhos conhecidos ou são produtos comuns nas nossas cozinhas. O que chama nossa atenção é a forma que preparam a comida afim de chegar a iguarias exóticas.
Por outro lado, quando abrimos o cardápio de alguns restaurantes mais bem classificados da cidade, o que nos chama atenção na descrição dos pratos é a quantidade de produtos exóticos vindos de todos os cantos do país.
O danado é que estes produtos vindos de lugares distantes como a amazônia e cerrado, são produtos genuinamente brasileiros, muitas vezes, acrescentados aos pratos sem fazer toda aquela diferença.
Normalmente, estes ingredientes são usados de forma diferente da tradicional da região da sua origem.
Muitas vezes, um produto encontrado nos empórios sofisticados da cidade faz o mesmo efeito no prato que ingredientes especialíssimos vindos dos rincões mais distantes do país.
A diferença entre uma pimenta vinda dos cafundós da Amazônia para outra vinda da feira nas redondezas do restaurante, às vezes é tão sutil (ou nenhuma) que seu único diferencial está no cardápio e no discurso do garçon, não no prato.
Parece que chegamos a um momento que o grande barato são os produtos exóticos e não as receitas que usam os produtos convencionais de forma especial e diferente, trazendo um novo sabor para o já conhecido.
Isto sim é inovação, o resto é novidade.